Os livros

CAPA FRONTALUm Chevette girando no meio da tarde [Editora Mondrongo, 2019, contos]. De volta ao gênero que o tornou premiado nacionalmente, o escritor Dênisson Padilha Filho, em seu sétimo livro traz 10 contos criados a partir da experiência estética com o sonho.

Um Chevette girando no meio da tarde sugere histórias de perplexidade diante do passar do tempo, da vida e do amor, mas também insinua a estranheza que cada um de nós pode ser. Embora traga toda uma carga de reflexão e de situações insólitas, os contos também trazem muito humor e descontração.

O sonho sempre esteve presente na obra do autor, mas como recurso narrativo. Desta vez, o sonho comparece em sua criação como experiência estética. Em Um Chevette girando no meio da tarde, através de um lirismo sintético e direto, os contos – como acontece nos sonhos – estão focados muito menos nos acontecimentos e em suas lógicas, e muito mais nas emoções causadas e nas subjetividades.

Com apresentação da escritora e psicanalista Claudia Barral, o livro revela contos ficcionalizados a partir de “centelhas oníricas”, imagens e perplexidades, quase sempre ininteligíveis, surgidas nos sonhos.  

Para Claudia,

“em Um Chevette girando no meio da tarde, de Dênisson Padilha Filho, a imanência do inconsciente é pressentida em um panorama onírico de riqueza e graça e, como não poderia deixar de ser, de alguma angústia. É com perplexidade que o leitor atravessa seus contos, convidado a visitar o Estranho em si e a dividir com ele um espanto comum”.

17.03.22_Capa_Eram olhos enfeitados de Sol (1)-1
Eram olhos enfeitados de Sol [Penalux, 2017, novela]
Sexto livro do escritor Dênisson Padilha Filho.
Um texto enxuto e ao mesmo tempo repleto de poesia. Uma narrativa veloz e fatalista que arrebata a atenção do leitor. Assim pode ser resumido Eram olhos enfeitados de Sol.

Com apresentação do escritor Luís Pimentel, o livro narra em fluxo de consciência a história de um homem que volta à sua pequena cidade natal para assumir a herança de uma madeireira em falência. A certa altura a trama assume ritmo de thriller, pois tudo se transforma para o protagonista. Nesse exercício, o narrador convoca o leitor não só à diversão com a história, mas à inquietação de visitar, cada um, suas próprias feridas. “Procurei não só contar uma história que fizesse parte de nossas existências, mas, sobretudo, que reinventasse a palavra. É muito importante para mim inaugurar novos sentidos. Literatura é isso, a onipotência da palavra”, afirma o autor.

Trilogia (1)
Trilogia do asfalto [Editora P55, 2016, contos]
Em seu quinto livro, Dênisson Padilha Filho traz contos premiados em edição de bolso. Trilogia do asfalto revela os binômios desolação/busca e vastidões/clausuras em contos permeados de poesia e não-ditos . Visitas ao passado, paixões e assuntos mal resolvidos. Estes são alguns dos elementos comuns aos contos do novo livro do escritor e roteirista Dênisson  Padilha Filho, Trilogia do asfalto [Editora P55, 2016, contos].
O livro é uma edição de bolso que faz parte da já aclamada coleção Cartas Bahianas, da Editora P55, e traz três histórias, duas das quais premiadas em concursos literários importantes e tradicionais. O conto Roupa íntima, amor felino foi o vencedor do XXIV Prêmio Internacional Cataratas de Conto e Poesia de Foz do Iguaçu 2015 – Categoria Conto. O conto Como assim, dar pra ele? foi o 5º colocado no XXV Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho – 2015. Outra história é Naquela manhã de fogo, um conto cheio de não ditos, subtextos e poesia, e que sustenta as ideias de desolação, asfalto e rodovia que permeiam o volume. 
capa_heroiestadefolga_72dpiherói está de folga (Editora Kalango, 2014, contos).  
Em lançamento durante 2014. Quarto livro do escritor e roteirista baiano Dênisson Padilha Filho. Solidão, saudade e culpa comparecem neste volume como uma predileção a referências estéticas e de conteúdo bem marcantes em vários autores, como Miguel Torga, Juan José Morosoli, John Fante, Antônio Carlos Viana, Tchekhov, Arthur Schnitzler e Franz Kafka. É um volume de nove contos; todos perpassados por uma ideia de heroísmo decaído, ou, ao menos, de personagens que revelam seus lados sombrios, fraquezas da natureza humana, e que, enfim, recusam a virtude em algum momento, em nome de uma vingança, de um sonho, ou do amor.
menelau-capa Menelau e os homens (Casarão do Verbo, 2012, contos e novelas).
Terceiro livro do escritor. O livro traz duas histórias que, em essência, tratam da aridez das relações humanas, muitas vezes permeadas de frouxidão ética e de uma ambição a todo custo.
Em ambas histórias, há situações de perseguição e suspense entre caçador e caçado, inspiradas nos romances e contos do escritor estadunidense Elmore Leonard.Tanto Calumbi quanto Menelau e os homens trazem sentimentos e questões comuns ao próprio homem. São duas histórias de fuga: homens fugindo de homens; homens fugindo de si.
Veja aqui as resenhas sobre Menelau e os Homens: Na Verbo21, No jornal A Tarde , no Blog de Literatura do iBahia, na Nuvem de Livros e na revista eletrônica Falando em Literatura.
001Carmina e os vaqueiros do pequi (Santa Luzia, 2003, romance).
Romance de longo fôlego, escrito na mais estrita tradição de um dialeto esquecido do sertão do sudoeste baiano. Jacó, vaqueiro de cem anos,  narra sua vida, suas aventuras de quando vaqueiro jovem, a dor insuportável de não ter Carmina, mas a alegria de amá-la. Prefácio de Cid Teixeira e comentários de orelha de Elomar Figueira Mello.
003
Aboios celestes (Selo Bahia, 1999, contos). 
Simplicidade, lirismo e comoção marcam esse volume de estreia do autor. A grande virtude dos textos é, segundo Gerana Damulakis, “o cabedal de cultura popular que o volume encerra”. Orelhas de Elomar Figueira Mello, posfácio de Dércio Marques.

8 comentários sobre “Os livros

  1. Dênisson, muito legal passear por aqui e acompanhar um pouco de sua obra. Parabéns por mais este lançamento. Sucesso,
    Aníbal (Bau) Bessa

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